A cena de Pentecostes descrita nos evangelhos ganhou diversas expressões artísticas ao longo da história da arte sacra, entretanto observar estas obras a partir de uma postura contemplativa e meditativa, pode acessar novas compreensões. A linguagem simbólica complementa e promove a ampliação de conteúdos lógicos e através de uma atividade artística estabelecemos um diálogo entre o consciente e o insconsciente, proporcionando uma visão totalizadora que pode nos ajudar a encontrar a essência espiritual desta época.

Nesta aula vamos contemplar obras antigas e modernas de artistas e refletir sobre a simbologia dentro da cena de Pentecostes.

(Ev Lucas) Naquela noite… ninguém tomou conhecimento do nascimento de um Poderoso Salvador, Libertador do Inimigo e Sol Nascente. Antes, porém, de ascender aos céus, após sua paixão, morte e ressurreição, o Senhor disse aos seus discípulos: “… Mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo.” (At 1, 8).
Ele já havia dito que “O Outro” viria e lhes recordaria todas as coisas. É fundamental observamos as alianças realizadas em períodos de festas e festivais segundo o calendário cristão. Com a chegada em Pentecostes, coroamos um percurso de sete passos. As festas são como que “pegadas” de um caminho o qual devemos seguir. Podemos testemunhar sua avizinhação, nascimento, vida, morte, ressurreição e ascensão. Festivais que se alinham para alcançarmos Pentecostes. Foi em Pentecostes que o círculo dos doze sofreu, de forma consciente, uma verdadeira “metanoia”, e é sobre a aliança destes eventos que falaremos em nosso encontro.